Os ocupantes do automóvel prata desceram e dispararam vários tiros de pistola calibre 380 contra o carro onde estavam as vítimas. Foram contabilizadas cinco marcas de disparos no vidro do motorista, 17 no vidro do carona e cinco no para-brisa.
Em seguida, eles entraram no Civic e fugiram do local. A Polícia Militar foi acionada e, ao chegar, encontrou o jovem que estava no banco do carona caído no chão, sendo ajudado por populares.
Eles acionaram o Samu 192, mas, como o jovem sangrava e gritava de dor, os PMs o colocaram na viatura e o levaram para o Hospital Antonio Bezerra de Faria. Segundo familiares, ele não corre risco de morrer. Já o motorista ficou no carro até a chegada da ambulância e foi socorrido pelos paramédicos para o São Lucas, em Vitória.
O Polo das vítimas estava em nome de uma mulher, mas não tinha restrição de roubo e furto. No local, existe uma câmera de videomonitoramento da Prefeitura de Vila Velha, mas os policiais militares afirmaram que o equipamento não estaria funcionando no momento.
A perícia da Polícia Civil esteve no local do crime e periciou o veículo. O caso será investigado pela Delegacia de Crimes Contra a Vida de Vila Velha (DCCV).
Gritos de dor e desespero na rua
Testemunhas que flagraram os momentos logo após a dupla tentativa de assassinato, relataram os momentos de desespero das vítimas.
“Um deles deitou no chão, começou a pedir socorro, o pessoal pediu ajuda, ele estava gritando e sentindo muita dor”, afirmou um morador.
Um marceneiro de 48 anos ficou espantado com a quantidade de tiros disparados contra o Polo preto e ressaltou o fato de nenhum inocente ter sido atingido pelos disparos.
“Foi muito tiro mesmo. Era um horário de grande movimento, muitas pessoas na rua, carros passando. Poderia ter pego em alguém inocente. Mas graças a Deus isso não aconteceu”, disse.
Funcionários da farmácia em frente ao local do crime disseram que precisaram se jogar atrás do balcão da loja para se proteger dos disparos.
“Na hora dos tiros, eu nem pensei duas vezes. Me joguei atrás do balcão e me protegi. O pessoal fica parando para olhar, tentar ver o que está acontecendo, mas eu só pensei em me proteger”, falou um dos funcionários.